Em O favorito dos Borgias, somos imediatamente transportados para a Roma renascentista do final do século XV. O filme apresenta-nos uma cidade fascinante e conflituosa, onde o poderoso Papa Alexandre VI (interpretado por John Malkovich) reina com mão de ferro. O Papa, que era na verdade um membro da escura e corrupta família Bórgia, é o personagem central da trama, em que ele luta para manter o controle sobre a cidade e sua riqueza.

O filme é repleto de personagens complexos e intrigantes, cada um com um papel importante na história. Destaca-se o personagem Juan Borgia (interpretado por Mark Ryder), filho ilegítimo do Papa, que é o favorito de seu pai e começa a mostrar os primeiros sinais de ambição pelo poder. Também merecem destaque os personagens de Rodrigo Borgia (interpretado por Stanley Weber), o irmão do Papa, e de Giulia Farnese (interpretada por Marta Gastini), a amante do Papa. Ambos têm um papel fundamental na trama.

Uma das maiores conquistas do filme é a maneira como ele recria a atmosfera da Roma renascentista. Os cenários são magníficos e a atenção aos detalhes é impressionante, transportando o espectador para uma cidade viva e vibrante. Além disso, a trilha sonora, composta por Ramin Djawadi, acrescenta uma dimensão emocional importante ao filme, acentuando a tensão e o drama da história.

No entanto, a verdadeira força do filme reside na sua exploração da trama e da intriga que permeiam a vida da família Bórgia. O roteiro de Neil Jordan é habilidoso em mostrar as alianças instáveis e as rivalidades que surgem entre os membros da família, bem como os jogos de poder que o Papa Alexandre VI usa para manter a sua dominação sobre a cidade. O filme é uma verdadeira aula sobre a arte da manipulação política.

Em última análise, O favorito dos Borgias é um filme fascinante para quem se interessa pela história da Europa e pela Roma renascentista em particular. Neil Jordan oferece uma visão envolvente e emocionante de um período histórico que continua a intrigar e fascinar o público. O filme é um verdadeiro triunfo cinematográfico, tanto em termos de cinematografia quanto de roteiro e direção. Se você ainda não o viu, não perca tempo: trata-se de um filme obrigatório para qualquer amante do cinema histórico!